Nos últimos anos, percebemos cada vez mais a importância de valorizar a saúde e o bem-estar. Também é preciso ter empatia com as pessoas que trabalham na linha de frente e em demais serviços ligados à saúde. Em busca de melhorar a gestão de clínicas e hospitais, é necessário entender o que é biossegurança.
Diariamente, profissionais desses estabelecimentos estão sujeitos a determinados riscos. Isto é, caso não conduzam boas práticas que garantam a integridade e segurança deles. Além disso, é importante preservar outros requisitos que diminuam as agressões ao meio ambiente e os desperdícios de bens naturais.
Os cuidados com o perfeito funcionamento do hospital começam desde a compra dos materiais, que devem atender a determinados requisitos. Continue a leitura e saiba como garantir uma conjuntura capaz de trazer qualidade de vida e sustentabilidade.
O que é biossegurança?
Em suma, a biossegurança envolve um conjunto de ações estratégicas que evitam que os profissionais da área da saúde se exponham a riscos biológicos ou de exposição durante as rotinas médicas, como radiações, ruídos ou calor extremo. Portanto, é necessário seguir normas e padronizações que evitem prejuízos aos pacientes, colaboradores e ao meio ambiente.
Qual a importância da biossegurança no ambiente hospitalar?
Agora que você já sabe o que é biossegurança, é necessário lembrar que existe a Lei 11.105/15, que determina a presença de normas e boas práticas relacionadas à área. Diante disso, os estabelecimentos recebem fiscalização de instituições como Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) e Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
A garantia da saúde da população precisa começar na unidade de saúde. Por isso, adotar medidas que buscam proteger os profissionais no ambiente hospitalar é também uma medida de reforçar esse cuidado ao próximo e apostar na valorização das equipes médicas.
Esses procedimentos padronizados ajudam a diminuir os riscos de disseminação de vírus ou bactérias, além de garantir o uso contínuo e correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Além disso, substâncias tóxicas e perigosas precisam de uma boa política de descarte, seja na busca da preservação da saúde de todos ou no cuidado em não agredir o meio ambiente.
De modo geral, essa é uma ótima maneira de a empresa apostar em princípios sustentáveis e iniciar uma governança com foco humanizado. Frente a tantos casos de grandes calamidades públicas, essa iniciativa é um investimento no seu diferencial competitivo e na retenção do seu público interno.
Quais os principais pilares que norteiam esse trabalho?
Basicamente, os respectivos médicos devem ter a devida qualificação profissional antes de conduzir as tarefas. Dito isso, é essencial que passem por treinamentos rigorosos. Não só para saber o que é biossegurança, mas estar seguros das boas práticas que envolvem tais atividades médicas.
Além disso, a clínica ou o hospital precisa cumprir padrões relacionados a instalações e infraestrutura do local, bem como seguir instruções para os profissionais em exposição a agentes biológicos. Isso porque eles poderão invadir o organismo daquelas pessoas pelas vias respiratória, cutânea ou digestiva.
Sob esse ponto de vista, deve-se usar equipamentos de proteção, jalecos, estar com as vacinas em dia e fazer descarte correto do lixo hospitalar. Por fim, é importante ter atenção com o cabelo e higiene pessoal, principalmente no momento de realizar os procedimentos.
Ademais, é preciso lembrar que existe uma complexidade do nível de proteção. Desse modo, existem quatro níveis:
- NB-1: apresenta menor grau de risco;
- NB-2: representa um nível moderado;
- NB-3: há possibilidade de causar doenças sérias e letais;
- NB-4: dispõe de alto risco de contaminação, uma vez que infecções podem ser fatais.
Quais as boas práticas para implementar a biossegurança?
Agora que você aprendeu o que é biossegurança, chegou a hora de saber como implementá-la em hospitais e clínicas. Para isso, veja abaixo o que é necessário seguir!
Adequação à legislação
Antes de tudo, é importante seguir a Legislação Brasileira e se adequar ao que ela propõe. Neste caso, é essencial apostar em um treinamento para que todos possam se familiarizar com as diretrizes e colocá-las em prática, visando garantir a saúde geral.
A busca e o reforço pelo conhecimento são primordiais. Por isso, sempre aposte na qualificação profissional e incentive os colaboradores a ficarem atentos às tendências da área. Assim, é possível criar um ambiente com foco na inovação e na valorização da qualidade de vida.
Atualmente, essas questões são muito importantes e fortalecem o seu relacionamento com o público interno e externo. Certamente, as pessoas terão mais conforto e a garantia do bem-estar se molda pela qualidade na prestação de serviços.
Higiene ocupacional
O segundo passo é focar na higiene ocupacional e agir de maneira preventiva, a fim de identificar riscos e saber como resolvê-los caso eles ocorram. Ademais, o local precisa considerar a biossegurança desde o momento de compra de equipamentos ou de materiais.
EPIs
Entre os itens principais, vale ressaltar o EPI e EPC. O primeiro envolve a aquisição de máscaras, luvas, jalecos, sapatos apropriados e protetores faciais que evitam a contaminação de agentes químicos, físicos e biológicos.
Desse modo, é possível minimizar o risco de infecções e contaminações em instituições de saúde. A NR 32 é responsável por garantir que aquela unidade segue as principais diretrizes dessa norma regulamentadora. Contudo, é importante alertar das responsabilidades do empregador e do empregado.
No caso do empregador, eles devem exigir que utilizam e armazenam de maneira adequada os EPIs, bem como treinar os colaboradores quanto às boas práticas. Já no caso do empregado, a equipe deve fazer uso delas apenas para esses determinados fins, além de prezar pela comunicação caso note inadequações e mantê-los sempre em boas condições.
EPCs
Já o EPC envolve cabines de segurança, autoclaves e um instrumento que promove a limpeza rápida na região dos olhos. Atualmente, tais investimentos são necessários na luta contra a Covid-19 e outras infecções virais. Por último, lembre-se de conduzir as maneiras corretas de descarte, esterilização de cada equipamento e higiene ao final dos expedientes.
Além disso, existem sistemas de ventilação e exaustão que buscam eliminar poeiras contaminantes capazes de propagar doenças respiratórias. Outros investimentos também garantem a biossegurança no local, como correntes de segurança, chuveiro de emergência e sprinklers (rociador de incêndios)
Vale ressaltar a importância de promover treinamentos e capacitações sobre o que é biossegurança, para realizar correções e identificar erros. Por meio dessa série de cuidados você preserva o meio ambiente, protege os profissionais de saúde e garante a qualidade de vida de todos os cidadãos.
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